Conceito já incontornável no universo da arquitetura e da construção civil, a sustentabilidade vem gerando mudanças nesses segmentos com o objetivo de reduzir os impactos ambientais. No âmbito global, são inúmeros os projetos que se destacam por suas práticas inteligentes. Confira abaixo cinco das construções mais sustentáveis do mundo!
Sede do Comitê Olímpico Internacional
Uma das construções mais sustentáveis do mundo é a Olympic House: a atual sede do Comitê Olímpico Internacional (COI), na Suíça. Mesclando arquitetura de alto padrão e uma abordagem holística sustentável, o projeto tem a imponente fachada de vidro duplo como marca registrada da construção.
O material proporciona uma vista incrível para o Lago de Genebra, mas também atua como metáfora para a transparência corporativa do COI. No projeto, terraços, academias, telhado verde e ambientes naturais são alguns dos diferenciais que garantem mais bem-estar e produtividade para os funcionários ao longo dos dias.
A Olympic House tem três importantes pilares conceituais. São eles o movimento, que se faz presente na fachada dinâmica e ondulada, em referência à prática esportiva; a flexibilidade, traduzida em interiores abertos e adaptáveis a diferentes estilos de trabalho; e a sustentabilidade, que resultou em três das certificações mais importantes do mundo: LEED Platinum, Minergie-P e LEED v4.
No projeto, esses selos ecológicos atestaram soluções como: torneiras de baixo fluxo, captação da água da chuva, painéis solares no telhado e bombas que reaproveitam a água do lago. Juntos, os diferenciais contribuíram para a mitigação de impactos ambientais e a eficiência termoacústica da Olympic House, que gerou ainda reflexos positivos para a economia local.
Um dos prédios mais altos do mundo
O One Vanderbilt, em Manhattan, é um dos edifícios mais altos do mundo, com cerca de 420 metros de altura e uma estrutura que une importantes tendências do mercado corporativo de luxo. O empreendimento está situado no principal distrito comercial de Nova Iorque e alia acessibilidade, conveniência, sustentabilidade e um design inovador.
Nos interiores, o One Vanderbilt encanta pelo uso de materiais naturais e orgânicos, pelos ambientes integrados e pelas enormes janelas que valorizam a incidência de luz solar e garantem uma vista inspiradora. Além disso, a construção utilizou 90% de aço reciclado na torre, realiza coleta de água da chuva e investiu em fachadas de vidro com alto desempenho térmico – reduzindo a necessidade de sistemas artificiais de controle da temperatura.
Tudo isso garantiu que o One Vanderbilt fosse destacado pela GBC Brasil como uma das construções mais sustentáveis do mundo. O edifício reúne em seu portfólio certificações como WELL, Wired, LEED v3 Platinum e LEED v4 Gold.
Ecossistema de inovação urbana
O chamado MIND, Milano Innovation Disctric, é um projeto de destaque em Milão, a começar pela área que ocupa. O empreendimento compreende 1 milhão de metros quadrados, o que correspondente a 120 campos de futebol, aproximadamente. Trata-se de um distrito de inovação urbana que une sustentabilidade, bem-estar e natureza.
O MIND engloba parques, espaços compartilhados, lojas, ambientes para treinamento, pesquisa e produção, comércios, serviços, espaços de habitação, bares e restaurantes – tudo isso com uma atmosfera dinâmica e a presença da natureza.
O projeto se baseia na integração de espaços e utilidades e no uso compartilhado de ambientes, com o objetivo de promover convívio social e gerar oportunidades de negócios. Mas, para além do crescimento econômico da região, o MIND foca em grandes temas da atualidade: meio ambiente, saúde, bem-estar e inclusão social.
Com a proposta de se tornar um novo padrão em regeneração urbana, o MIND busca a meta de zero carbono, que compreende práticas sustentáveis como fontes de energias 100% renováveis; uso de bicicletas e veículos elétricos; canais de água com colônias de pequenos animais para preservar a biodiversidade; reaproveitamento de 98% dos resíduos das obras; e 300 mil m² de áreas verdes e espelhos d’água distribuídos por todo o terreno.
Tecnologia 3D para construções mais sustentáveis
Também construído na Itália, o primeiro modelo de casa sustentável impressa em 3D foi nomeado como TECLA. O projeto é marcante pelo pioneirismo na impressão 3D em terra crua, material de antigas habitações que propõe um elo entre passado e futuro.
Foi esse encontro que gerou um inovador modelo residencial circular, que une princípios bioclimáticos, uso de materiais naturais e práticas da construção vernacular, modalidade arquitetônica que utiliza recursos, técnicas e materiais próprios da região do projeto.
A TECLA compreende uma área de cerca de 60 m², em módulos que podem ser impressos em 200 horas por apenas duas pessoas. Os interiores da casa abrangem uma zona de convivência, área noturna e mobiliário parcialmente impresso com terra local, que pode ser reutilizado ou reciclado, fazendo jus à economia circular.
Para garantir o conforto térmico dos ocupantes, a TECLA incorpora um preenchimento que equilibra a ventilação e garante o isolamento da residência, de acordo com as particularidades climáticas da região.
O caráter sustentável das casas está presente em diversos aspectos, entre eles o desperdício quase zero durante a construção e o uso de materiais locais, reutilizáveis e recicláveis. Essas qualidades também fazem da TECLA um projeto com emissões de carbono praticamente nulas.
Edifício mais sustentável do mundo, no Sul do Brasil
Em 2021, o prêmio LEED Homes Awards elegeu o LLUM Batel, da Construtora Laguna, como o edifício mais sustentável do mundo. O residencial se destacou entre 10 finalistas devido à sua excelência em construção verde dentro dos critérios de impacto, bem-estar, design, saúde e sustentabilidade.
Diversas são as práticas que fazem dele uma referência no mercado mundial da construção sustentável. O LLUM foi o primeiro residencial do Brasil a ser pré-certificado pelo consagrado selo LEED Gold e conta com sistemas de iluminação que reduzem o consumo energético da construção. Nesse sentido, também inclui o amplo uso de luz natural, luminárias LED, sensores de presença e 23 módulos fotovoltaicos.
Juntos, esses elementos contribuem para uma redução de 15% no consumo energético do imóvel, em comparação ao estabelecido pelo LEED. Já no que diz respeito à gestão de água, a redução chega a 20% em relação ao padrão proposto pela certificação.
No uso de materiais, mais de 50% da madeira utilizada no LLUM Batel é certificada pelo consagrado selo Forest Stewardship Council (FSC). Além disso, o projeto priorizou o uso de materiais reciclados e direcionou 75% dos resíduos da obra para fins de reúso ou reciclagem.
Confira mais detalhes sobre esse inconfundível imóvel-arte no site da Laguna.
Fonte: Casa Vogue, ArchDaily e SustentArqui
