Uma das principais questões acerca de construções sustentáveis se refere a como reduzir as taxas de carbono incorporado nos projetos. Em uma indústria responsável por até 30% das emissões de gases do efeito estufa – segundo o United Nations Environment Programme (Unep) –, é imprescindível mensurar, rastrear e reduzir o carbono emitido nas etapas da construção civil. Confira mais detalhes a seguir.
O conceito do carbono incorporado
Na construção, o carbono incorporado se refere à soma de todas as emissões de gases do efeito estufa geradas nas etapas de execução dos edifícios: extração, transporte, fabricação, instalação, manutenção, operação, fim da vida útil e descarte de materiais.
Esse conceito torna imprescindível a análise prévia dos materiais que serão usados, com base no impacto que terão no ambiente. Tijolos, concreto armado, cimento e cerâmicas são exemplos de recursos que, durante o processo de fabricação, demandam alto consumo energético e emitem uma significativa quantidade de CO2.
Em contrapartida, profissionais envolvidos com a construção sustentável têm cada vez mais se comprometido com a missão de reduzir o carbono incorporado ao longo da cadeia de produção do setor. É o que mostra o relatório World Green Building Trends 2021, que constatou que 82% dos entrevistados estão a par do conceito de carbono incorporado e que 34% deles o monitoram de forma ativa em seus projetos.
Entre os profissionais que declararam rastrear o carbono nas construções, 22% afirmam buscar estratégias para reduzi-lo. A compreensão acerca da quantidade de energia utilizada na construção e do carbono incorporado aos materiais é um primeiro passo fundamental para executar, de forma ativa, edifícios mais conscientes.
Processos mais sustentáveis na prática
Para projetar uma construção eficiente e sustentável, é necessário adotar, desde o início, medidas que possam reduzir o carbono incorporado no longo prazo.
Escolha de materiais
Diversas são as alternativas de materiais que podem reduzir o carbono incorporado ao longo da cadeia construtiva. Algumas possibilidades são: recorrer a itens recicláveis (como o concreto ecológico), recursos certificados com selos sustentáveis e materiais de carbono negativo, como é o caso de isolamentos feitos à base de plantas.
Estes, por exemplo, reduzem o nível de carbono incorporado no material e ajudam a reter o carbono que seria lançado à atmosfera. Nesse sentido, materiais de origem natural, como a madeira, a lã e o bambu, também tendem a reter carbono, contribuindo para a queda dos níveis de CO2 emitido.
Reúso e reciclagem
A aquisição de materiais reciclados e o reúso de recursos reduzem os níveis de carbono incorporado e eliminam processos de extração e fabricação de novos materiais, custosos ao meio ambiente. A multinacional Saint-Gobain aponta que utilizar uma tonelada de vidro reciclado pode reduzir as emissões de CO2 em 300 kg, graças à significativa diminuição do consumo energético proporcionada.
Avaliação do Ciclo de Vida Ambiental
A chamada Avaliação do Ciclo de Vida Ambiental (ACV) é um importante método utilizado para quantificar os impactos ambientais provenientes da cadeia construtiva – desde a extração de materiais até o descarte. Ao abranger todas as etapas do edifício, essa avaliação é fundamental para que os projetistas adotem alternativas mais sustentáveis.
Com o objetivo de promover o compromisso ambiental na tomada de decisões do setor, a ACV é usada para analisar emissões atmosféricas, fazer um inventário de entrada de materiais relevantes, estimar os impactos ambientais ligados a eles e avaliar os reflexos de produtos e insumos incorporados à construção. Além disso, a ACV contribui para uma melhor gestão de recursos, o que também reduz o desperdício de materiais.
Economia circular
Adotar os métodos da economia circular é outra via para reduzir o carbono incorporado nas edificações. Contrário ao modelo linear de produção, consumo e descarte, a abordagem circular prioriza a economia e a eficiência de recursos ao longo do ciclo de vida da construção.
Entre as aplicações da economia circular que ajudam a mitigar os níveis de emissão de carbono, estão: o uso de materiais reciclados e de estruturas reutilizáveis (como peças modulares), a remanufatura de produtos que evita o descarte em massa e a escolha de materiais que podem ser retornados à natureza após o uso.
Seleção e gestão conscientes de materiais nos imóveis-arte Laguna
Referência internacional na promoção de saúde e bem-estar em ambientes construídos, o selo WELL atesta os benefícios dos imóveis-arte Laguna a partir de 10 importantes critérios: ar, água, nutrição, luz, movimento, conforto térmico, som, materiais, mente e comunidade.
Alinhada ao item WELL Materials, a Laguna assegura que os produtos escolhidos são testados e correspondem às demandas ambientais e de saúde. Para isso, a construtora prioriza materiais com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis e avalia a presença de produtos químicos legados nos recursos escolhidos. Assim, a Construtora Laguna promove o gerenciamento seguro de resíduos e substitui materiais nocivos por recursos que não possuem químicos tóxicos ou produtos desconhecidos.
Além do selo WELL, a certificação GBC Condomínio também irá atestar o compromisso ambiental da Laguna na gestão de materiais em residenciais como o AMPIO e o VAZ Batel. Isso será feito por meio da redução de resíduos sólidos nos aterros, da gestão e do descarte conscientes, da escolha de materiais com melhor desempenho ambiental e de demais práticas que contribuem para reduzir a emissão de poluentes e os impactos ambientais da construção.
Tais práticas reforçam o compromisso sustentável da Laguna, que se consagrou como a construtora com mais projetos sustentáveis do Sul do Brasil.
Fonte: Archdaily, GBC Brasil e Saint Gobain