Conceito, práticas e filosofias da Slow Medicine

Medicina Humanista

Cada vez mais os avanços tecnológicos na área da saúde automatizam processos e encurtam distâncias. Na contramão de grandes corporações e da grande indústria, surge a Slow Medicine: conceito que valoriza a medicina humanizada, com maior vínculo entre profissionais da saúde, pacientes e comunidades. Saiba mais abaixo!

O conceito de Slow Medicine

A primeira menção a esse conceito é de 2002, no artigo “Convite à ‘Slow Medicine’”, em que o cardiologista italiano Alberto Dolara introduz a “Medicina sem Pressa” como um movimento contrário ao acelerado ritmo que a medicina adquiriu na vida contemporânea.

Na publicação, Dolara defende que diversas áreas da medicina – desde a prevenção até os cuidados com idosos – podem se beneficiar com a abordagem mais cautelosa e ponderada proposta pelo movimento. Trata-se de uma filosofia que se baseia em evidências científicas para oferecer um melhor cuidado, tendo como foco o paciente e respeitando seus valores e suas expectativas.

Mas a tecnologia não fica de fora na Slow Medicine, ela é utilizada de acordo com a singularidade, vivência e necessidade de cada paciente. Assim, o conceito reduz custos, direcionando os investimentos aos cuidados profissionais e humanos e beneficiando não só os pacientes como também aqueles que os atendem.

Pilares da Slow Medicine

Como aplicar a Slow Medicine no dia a dia

Como um desdobramento do movimento, em 2011 surgiu na Itália a primeira Sociedade de Slow Medicine, que desenvolveu três importantes pilares em um manifesto multilíngue:

  • Sobriedade: diz respeito a uma medicina sóbria, com ações graduais e moderadas, voltadas ao que é essencial. Manifesta a crença de que fazer mais não é sinônimo de fazer melhor.
  • Respeito: remete ao caráter respeitoso da modalidade, que leva em consideração os diferentes valores, desejos e expectativas das pessoas.
  • Justiça: o movimento ressalta a necessidade de promoção de cuidados adequados e de qualidade para todos.

Além desses três pilares, a Slow Medicine abrange dez princípios fundamentais: qualidade de vida, tempo, segurança, conceito positivo de saúde, autonomia e autocuidado, medicina integrativa, prevenção, uso parcimonioso da tecnologia, paixão e compaixão.

Outro conceito-base dessa filosofia é o “Choosing Wisely”, que reforça a importância de escolher com sabedoria e cautela os procedimentos, exames e tratamentos para cada perfil de indivíduo, sem pressões e de modo que o paciente seja parte de todo o processo.

Essa ideia propõe que antes da tomada de decisão sejam questionados fatores como a necessidade do procedimento médico, seus riscos, vantagens e desvantagens, os custos envolvidos e possíveis alternativas mais simples e seguras. Assim, a Slow Medicine é baseada nos quesitos: tempo, compartilhamento de decisões, relação médico–paciente e uso prudente da tecnologia.

A modalidade na prática

Conheça a Slow Medicine

Fundamentada em evidências científicas e na promoção de uma assistência racional e segura, a Slow Medicine propõe um retorno à medicina que não se baseia somente em tecnologias de tratamento, mas principalmente na relação humanizada com o paciente. Na prática, essa filosofia abrange:

  • Demais áreas médicas: compreende diversas modalidades voltadas aos bons cuidados com o paciente, como a Medicina Humanista, a Medicina Narrativa, os Cuidados Apropriados, a Medicina Baseada em Valores, os Cultivos à Saúde e os Cuidados Paliativos.
  • Ritmo slow: maior tempo dedicado às consultas, avaliação da eficácia e dos possíveis riscos de tratamentos, tomada de decisões desacelerada e compartilhamento de decisões de forma humanizada e empática.
  • Práticas alternativas: mesmo não se encaixando na categoria de prática alternativa, a Slow Medicine simpatiza com elas, podendo se aliar a modalidades que promovem menos intervenções e melhor qualidade de vida e se opõem ao excesso de medicalização.
  • Hábitos saudáveis: a Medicina sem Pressa também abraça discussões sobre hábitos que podem tornar a vida mais saudável, como melhorias na alimentação, exercícios físicos, meditação, abandono de vícios como o cigarro e o álcool e redução do tempo de tela.
Hábitos saudáveis: a Medicina Sem Pressa

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Fonte: Revista Medicina Integrativa, PEBMED e Portal Hospitais Brasil

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