Zero Waste: tratamento de resíduos e menos desperdício na arquitetura

Práticas do Zero Waste

O lixo urbano é um constante desafio para as cidades que concentram alta densidade populacional e, consequentemente, descarte massivo de resíduos. Para reduzir a produção de lixo e preservar a saúde humana e ambiental, movimentos como o Zero Waste agregam, na arquitetura e no urbanismo, estratégias adequadas para o tratamento de resíduos e para o combate ao desperdício.

Conceito do Lixo Zero

Quando se fala em questões ambientais, a indústria da construção civil é uma das que mais impactam o planeta. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os chamados resíduos da construção civil (RCC) representam de 50% a 70% do total gerado no Brasil.

Em contrapartida, desde a execução da obra e durante a vida útil do edifício, diversos são os recursos a serem considerados no movimento Zero Waste, como água, energia e materiais. Dentro desse conceito, urbanistas e arquitetos tentam alcançar uma meta ambiental eficiente que incentive práticas e ciclos sustentáveis.

Assim, muitos projetos são pensados para possibilitar a recuperação das estruturas após seu uso. São os quatro “Rs” do movimento Zero Waste, os quais podem ser explorados desde projetos arquitetônicos até o planejamento urbano:

  • Repensar: refere-se a uma quebra de paradigmas a respeito do que é pré-estabelecido para uma construção. Isso pode incluir uso de materiais locais, soluções mais duráveis e práticas sustentáveis que impactam positivamente a vida útil do edifício.
  • Reduzir: esse pilar do Zero Waste fomenta práticas como o uso de sistemas leves e de menos matérias-primas, redução do uso de concreto, sistemas de construção a seco e estratégias passivas de aquecimento ou resfriamento, entre alternativas que reduzem a produção massiva de lixo e a emissão de poluentes.
  • Reutilizar: refere-se ao reúsoe materiais como revestimentos, madeiras, paredes divisórias, itens estruturais de aço e vidros. Nesse pilar, também entram práticas como o design for deconstruction (DfD), modalidade construtiva que cria edifícios adaptados para o desmonte, a reciclagem e o reaproveitamento dos elementos estruturais.
  • Reciclar: esse pilar do Zero Waste prevê a reciclagem de resíduos para a fabricação de novas estruturas. Materiais presentes em alvenarias, fechamentos e demais elementos possuem alto potencial de reciclagem, o que evita o descarte em massa e a sobrecarga em aterros sanitários.

Práticas do Zero Waste

Para comportar as demandas ambientais, a construção civil vem adotando práticas sustentáveis que propagam, na indústria e na comunidade, um importante compromisso com o meio ambiente, determinante para o futuro de todos.

Nesse contexto, a economia circular é uma prática alinhada aos pilares do Zero Waste. Em diversos setores, ela estabelece um fluxo constante de produção, reabsorção e reciclagem, no qual resíduos se tornam insumos para a fabricação de novas estruturas.

Na economia circular, os processos sustentáveis incluem práticas como: técnicas de remanufatura, criação de edifícios circulares, gestão adequada de resíduos recicláveis e orgânicos, escolha de acabamentos com alta eficiência energética e uso de fontes renováveis de energia. Tais alternativas resultam em uma gestão mais eficiente de recursos e em uma menor produção de lixo.

No âmbito urbanista, o design e a arquitetura podem contribuir para a destinação correta do lixo nas cidades, favorecendo a divisão do lixo e promovendo a consciência sobre o volume de resíduos recicláveis ou orgânicos produzidos nas construções. Entre as estratégias de gestão eficiente de recursos, destacam-se os smart plannings. Trata-se de planejamentos inteligentes que promovem espaços públicos flexíveis e compartilhados, a fim de otimizar o consumo de energia, luz e demais recursos e de minimizar desperdícios. Em Nova Iorque, por exemplo, há bibliotecas que funcionam como espaços de coworking em horários alternativos.

Zero Waste

Outra opção é a instalação de restaurantes nesses espaços, também como forma de combater a subutilização de edifícios e a necessidade de construir novos locais. Nova Iorque prevê ainda incentivos financeiros para comércios que produzem menores quantidades de resíduos recicláveis.

Na manutenção de edifícios, o uso de equipamentos tecnológicos como os compactadores é uma alternativa que reduz o volume de lixo e de resíduos alimentares, compostos principalmente de água. Nesse caso, os compactadores podem reduzir em até 90% o volume dos resíduos nos edifícios, amenizando possíveis odores e simplificando a gestão do lixo.

Certificação Zero Waste na Galeria Laguna

A Galeria Laguna funciona como uma vitrine para os imóveis-arte da construtora e é destaque mundial em sustentabilidade. Em 2022, o espaço conquistou a maior pontuação já alcançada no LEED, tornando-se o edifício mais sustentável do mundo pelo USGBC.

Além de obter o LEED Platinum, a Galeria Laguna está em processo de aquisição das mais renomadas certificações da construção verde, como: WELL Platinum, LEED Zero Water, LEED Zero Carbon, LEED Zero Energy e LEED Zero Waste. O tratamento de resíduos é um dos diferenciais da Galeria Laguna. A gestão de material orgânico é realizada pelo serviço de coleta Composta +, ao passo que os demais resíduos são destinados a cooperativas de reciclagem parceiras da Laguna. Nos últimos 22 meses, a Galeria Laguna compostou 2,74 toneladas de resíduos orgânicos, poupou o uso de 294 sacolas plásticas e evitou a emissão de 4,35 toneladas de CO2 na atmosfera.

LEED Zero Waste
GALERIA LAGUNA

No edifício mais sustentável do mundo, é possível conversar com nossos consultores, visitar maquetes e decorados e saber mais sobre os diferenciais sustentáveis da Laguna. Localizada na Av. do Batel, 1713, a Galeria Laguna recebe clientes e visitantes de segunda a sábado, das 9h às 20h, e aos domingos, das 10h às 17h. Aproveite para conhecer!

Fonte: ArchDaily e Habitability

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