Criadas nos Estados Unidos, as earthships são um exemplo de bioarquitetura que alia conforto, eficiência e autonomia em resposta às mudanças climáticas. A seguir, confira mais detalhes.
O conceito das earthships
O conceito das earthships surgiu na cidade de Taos, estado do Novo México, em 1970. Seu idealizador foi o arquiteto Michael Reynolds, fundador da empresa de construção ecológica Earthship Biotecture e um precursor das estratégias para mitigar a crise habitacional e combater as mudanças climáticas, simultaneamente.
O primeiro trabalho notório de Reynolds data de 1971. Trata-se de uma casa construída com latas de cerveja, exibida em diversas partes do mundo, desde o Museu do Louvre, na França, até o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
Com o tempo e com a aceitação do público, as casas ecológicas se consolidaram como residências net zero que mantêm o equilíbrio entre emissão e absorção de carbono e são construídas primordialmente com materiais naturais, como madeira e barro, além de resíduos reciclados, incluindo pneus e vidro. Construções net zero são definidas como aquelas com balanço zero, ou seja, produzem a quantidade de energia que consomem ou absorvem o mesmo volume de carbono que emitem.
Nesse contexto, as earthships têm tido uma procura maior por ofertarem conforto e autonomia, enquanto reduzem os impactos ambientais. Isso porque elas demandam menos materiais de construção nocivos ao meio ambiente (como plástico e concreto) e reduzem as emissões de carbono.
Leia mais: Conheça a Cannúa: primeira pousada ecológica da Colômbia
Por dentro das earthships
As earthships reúnem uma série de particularidades. Em sua maioria, são casas de adobe (tijolo de argila) sustentadas por vigas de madeira, grossas paredes de pneus cheios de terra e tetos feitos com terra batida e madeira.
Conforto térmico
Para a oferta de ventilação cruzada, as earthships são projetadas com janelas tradicionais posicionadas em locais altos sobre vigas de sustentação, além dos tubos de ventilação da própria construção. Em Taos, onde o inverno e o verão são intensos, as earthships conseguem manter a temperatura interna em 21 °C durante todo o ano, independentemente das condições externas.
Aproveitamento de luz solar
O aproveitamento máximo de elementos naturais como água, vento, terra e luz solar é uma das principais características das earthships. Um exemplo é a primeira escola sustentável da América Latina, projetada por Reynolds no Uruguai.
A envolvente da construção é sensível à orientação solar e se abre ao norte para um maior proveito da luz e da energia do sol. Isso ocorre através de um largo corredor de vidro que “distribui” a iluminação natural pelas salas de aula e alas de serviço da escola.
Cultivo de hortas
O cultivo do próprio alimento é um dos princípios das earthships. Portanto, cada uma delas é construída com uma estufa para que os moradores possam manter uma alimentação saudável, orgânica e autônoma.
Energia limpa
A maioria das earthships integra primordialmente energia solar, mas algumas também possuem turbinas eólicas como um complemento que produz energia limpa para as residências.
Reúso de água
A escola sustentável de Reynolds é um dos projetos que reutilizam a água da chuva para as pias, cisternas e irrigação das hortas. O edifício também faz o tratamento de águas negras (resíduos líquidos) e inclui uma fossa séptica criada com materiais reciclados e uma zona úmida no exterior da construção.
Práticas sustentáveis e autossuficientes nos imóveis-arte Laguna
Autossuficiência energética na Galeria Laguna
Um dos diferenciais sustentáveis da Galeria Laguna é a sua autossuficiência energética, que será atestada pelo LEED Zero Energy. O selo irá certificar que o edifício possui um balanço energético líquido igual a zero, já que produz, no próprio local, 100% da energia que consome.
A energia produzida na Galeria Laguna é capaz de alimentar 65 computadores, 24h por dia, e seu consumo é em média 34% menor do que edifícios convencionais. Essa economia se dá graças a vidros de alto desempenho, esquadrias de qualidade e uma arquitetura que valoriza a iluminação natural.
Autossuficiência hídrica na Galeria Laguna
A Galeria Laguna será, também, um edifício Zero Water. Isso significa que a construção tem saldo de consumo de água potável equivalente a zero ao longo do ano. Toda a água consumida na construção provém do reúso da água da chuva, que é tratada no próprio local. Além disso, o uso de louças e metais eficientes pode contribuir para uma economia de 35 mil litros de água por ano, o que resulta em um consumo de água 30% menor em comparação aos edifícios convencionais.
Incentivo à saúde nutricional
Nos imóveis-arte Laguna, a promoção da saúde nutricional é um diferencial atestado pelo selo WELL, que incentiva bons hábitos alimentares e uma melhor qualidade de vida nos ambientes construídos. Em empreendimentos como o PINAH e o BIOOS, a presença de hortas coletivas estimula um estilo de vida saudável e o cultivo de alimentos frescos e livres de agrotóxicos.
Conforto térmico
No BIOOS Home, o nível de conforto térmico será superior a 90% das horas anuais, graças a estratégias de ventilação natural presentes no empreendimento, como o acesso a espaços abertos e a áreas vegetadas que elevam a sensação de frescor dos ocupantes.
Para a concepção do AMPIO, foi feito um estudo de insolação onde cada unidade teve uma análise específica de desempenho termoacústico, a fim de proporcionar mais conforto e bem-estar aos moradores. Confira, a seguir, como o sol se comporta no verão em relação ao empreendimento:
No TREVI Batel, parte do conforto térmico será ofertada pela presença do átrio, um pátio central aberto situado em meio a cada uma das duas torres. Utilizado há séculos na arquitetura para valorizar a iluminação e a ventilação, o átrio aumenta a entrada de luz e a conexão com o exterior, enquanto a ventilação natural leva frescor aos ambientes.
Na Galeria Laguna, clientes e visitantes podem conhecer as demais práticas sustentáveis dos imóveis-arte, que aliam conforto, eficiência e redução de danos ao meio ambiente. O espaço funciona de segunda a sexta das 9h às 19h, aos sábados das 9h às 18h e aos domingos das 10h às 17h na Av. do Batel, 1713. Conheça!