A respiração é responsável por realizar a oxigenação das nossas células, eliminando o gás carbônico. Independentemente da forma que respiramos, seja pela boca, nariz ou até mesmo realizando alguma respiração diafragmática, todas elas cumprem função fisiológica.
Nas circunstâncias atuais, respirar de forma saudável tornou-se sinônimo de saúde. Sendo assim, a meditação é a aposta da vez como alternativa para acalmar os nossos ânimos.
Respirar adequadamente auxilia em diversos problemas, como ansiedade, insônia, estresse pós-traumático, déficit de atenção, entre outros. Isso ocorre porque quando conseguimos controlar a respiração, mudamos a mensagem enviada para o cérebro, que por sua vez acaba entendendo que está tudo bem, nos trazendo a sensação de tranquilidade.
Diante disso, temos como resultado um melhor funcionamento geral do organismo. Funções como a memória e a resistência do sistema imunológico também se beneficiam. É o que aponta artigo publicado pelo Journal of Neuroscience.
Segundo estatísticas, executamos por mês cerca de 648 mil respirações, sendo uma média de 7,7 milhões ao ano. Além disso, existem os momentos em que o peito se enche de ar com mais rapidez, como em situações que causam excitação ou estresse ao nosso corpo – uma apresentação em um novo emprego ou o ato de praticar exercícios aeróbicos.
Entretanto, a respiração vai além de sua função fisiológica: ela também faz a integração entre o corpo e a mente do ser humano. Técnicas de respiração nos ajudam a melhorar o bem-estar, contribuindo em aspectos voltados para a meditação. Quando falamos de respiração consciente, entramos em uma das bases da técnica de mindfulness.
A respiração consciente proporciona diversos benefícios ao ser humano, como: redução de estresse, relaxamento mental e corporal, desenvolvimento da concentração e do foco, alívio da ansiedade, melhoria da qualidade do sono, aumento da sensação de paz e equilíbrio, entre outros.
A meditação é uma prática que vem sendo cada vez mais naturalizada na sociedade. Hoje em dia, está ao alcance de todos, seja em espaços especializados, seja em aplicativos online. Porém, ainda existem muitos mitos sobre ela. Um deles é que meditar se resume a sentar-se em posição de lótus, fechar os olhos e fazer um gesto com as mãos. Outro mito se refere à necessidade de esvaziar a mente durante a meditação. Em decorrência da difusão dessa ideia, muitas pessoas desistem precocemente da prática, pois não conseguem desligar os pensamentos. Mas meditar vai além disso. Separamos a seguir duas técnicas para você experimentar em casa.
Adhama pranayama
A respiração ajuda nosso corpo a desencadear uma série de reações que influenciam em nossas emoções. Na meditação guiada chamada Adhama pranayama você aprende a administrar sua respiração de forma saudável, tornando-a mais lenta, priorizando a respiração abdominal e atingindo um maior controle e compreensão de seu corpo emocional.
Recomenda-se deitar-se em decúbito dorsal (barriga voltada para cima), com as pernas flexionadas, os joelhos juntos e os pés um pouco afastados.
Uma das vantagens dessa técnica é que ela promove um massageamento dos órgãos abdominais, melhorando seus funcionamentos. Ela também ajuda a reduzir a ansiedade e aumenta nossa força de vontade, concentração e vivacidade mental. Por fim, revitaliza e leva a pessoa a realizar atos mais abertos e receptivos, colaborando para uma nova compreensão da realidade.
Samavritti pranayama
Para quem ainda está aprendendo a meditar, essa é uma das técnicas recomendadas. Chamada de “respiração quadrada” ou “respiração igual”, é excelente para as pessoas que desejam relaxar e reduzir o estresse.
A Samavritti funciona assim: você inspira para uma contagem até quatro, exalando o ar também em uma contagem até quatro, formando mentalmente um quadrado. No início soa um pouco confuso, mas você pode praticar com o auxílio do Zen App, onde há uma meditação guiada que facilitará sua vida.
Essa técnica também diminui a amplitude da oscilação mental, sendo uma ótima preparação para meditar e estudar.