A percepção de “lar” é bastante emocional. Os elementos que fazem com que uma casa se torne, de fato, um lar mudaram muito com o passar do tempo, variando de acordo com a cultura da época, as prioridades dos moradores e o estilo de vida que adotam. O avanço da tecnologia tem exercido forte influência na arquitetura e design de interiores, e fica cada vez mais difícil prever como viveremos no futuro. Esse é o tema da exposição “Home Future”, do Museu de Design de Londres.
A exibição conta com mais de 200 objetos criados entre os anos de 1970 e 1980, quando arquitetos, designers e artistas plásticos europeus retrataram o que acreditavam que seria uma casa do futuro. A intrigante visão da época é o que torna as obras fascinantes, já que nos permite refletir sobre as transformações de valores das últimas décadas e até mesmo fazer um exercício similar, imaginando como serão nossas casas daqui a meio século.
Aparelhos de televisão embutidos em móveis previam a onipresença das telas e da comunicação em nossa rotina, e objetos com formas atípicas para a época já traziam a ideia de múltiplas funcionalidades das peças de design contemporâneas. Itens raros fazem parte do acervo, como mobílias originais de 1956 do showroom da Cozinha do Amanhã, da General Motors, e modelos do conjunto de Joe Colombo, de 1972.
Organizada em parceria com o IKEA Museum, a exposição teve início em novembro deste ano e fica disponível para visitação até março de 2019.
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