Dubai é consagrada pela arquitetura arrojada e pela grandiosidade de seus modernos arranha-céus. Mas quem passa pela maior avenida da cidade, a Sheikh Zayed Road, é surpreendido por uma construção que foge do tradicional vidro e aço em linhas verticais: é o Museu do Futuro de Dubai.
Em processo de finalização, o projeto apresenta uma abordagem inovadora mesmo para os padrões disruptivos dos Emirados Árabes. O edifício é constituído por uma enorme estrutura de aço inoxidável com formas arredondadas, aberta no centro e ornamentada com escritos em árabe.
A iniciativa partiu da Dubai Future Foundation, liderada pelo governante da cidade, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, com o objetivo de transformá-la em um centro global de indústrias criativas e capital do turismo cultural. Sua inauguração acontecerá em outubro de 2020, como atração principal da Expo 2020.
Exposições interativas
O Museu do Futuro de Dubai foi idealizado com o propósito de servir como base para a exploração dos maiores desafios e inovações tecnológicas que delinearão o futuro. Alguns dos assuntos abordados nas exposições são mudanças climáticas, avanços médicos e segurança alimentar.
Para oferecer experiências realmente envolventes, três dos sete andares do prédio contarão com atrações imersivas e teatrais. Segundo o diretor executivo Lath Carlson, em entrevista à CNN, dispositivos tecnológicos e futurísticos não são o foco, mas sim questionamentos acerca de como podemos garantir bem-estar e saúde emocional no futuro, por exemplo.
Sustentabilidade
Projetado pelo escritório Killa Design, o Museu do Futuro de Dubai foi desenvolvido com base nas diretrizes estipuladas pelo Green Building Council para a conquista do selo ambiental LEED. De acordo com o estúdio de arquitetura, os métodos pioneiros usados na construção pretendem estabelecer precedentes para futuros projetos sustentáveis.
Algumas das soluções aplicadas no projeto foram a geração de energia solar por meio de placas fotovoltaicas e a presença de estações de recarga para carros elétricos, tecnologias que vêm se destacando também no mercado brasileiro.
Em Curitiba, dois empreendimentos alcançaram o nível Platinum da certificação LEED, até então inédito no país. São eles ALMÁA Cabral e MAI Terraces, da Construtora Laguna. Os dois residenciais terão cerca de 30% da demanda energética do condomínio suprida por painéis fotovoltaicos e ainda oferecerão aos moradores um carro elétrico para uso comum.
Design e tecnologia construtiva
Como a proposta do museu é ser um repositório de ideias ainda não concebidas, era fundamental que o design da edificação fosse emblemático, combinando arte, engenharia e construção com maestria.
Seguindo as filosofias do Feng Shui, as linhas arredondadas representam os campos férteis da terra e a imaginação ilimitada do céu – portanto, o passado, o presente e o futuro. Já o vazio no centro do edifício representa o desconhecido, o que está por vir.
Foram aplicadas sofisticadas ferramentas de modelagem para planejar a estrutura singular e curva, que é composta por milhares de triângulos de aço interligados. Impressoras 3D produziram os painéis de aço e fibra de vidro que formam uma fachada lisa e sem costuras.
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