Conheça o Prêmio Pritzker de Arquitetura e o vencedor de 2024

O Prêmio Prizker soma 45 anos de história e é considerado o Nobel da arquitetura. A seguir, saiba mais sobre a relevância dessa renomada premiação e conheça o vencedor de 2024.

Prêmio Prizker de Arquitetura

Desde 1979, o Prêmio Pritzker de Arquitetura reconhece profissionais de todo o mundo responsáveis por realizações significativas para as populações e o espaço construído. Considerada a maior honraria da profissão, a premiação foi criada pela consagrada família Pritzker e acontece anualmente – geralmente em maio.

O prêmio é entregue em uma cerimônia oficial sediada em algum lugar do mundo que simboliza uma forte referência arquitetônica. A escolha do local reforça a importância do ambiente construído, ao passo que confere a cada cerimônia um cenário único.

Neste ano, a cerimônia de entrega do prêmio ocorreu no Instituto de Arte de Chicago. A construção data de 1893 e abriga 273 galerias, totalizando cerca de 55 mil metros quadrados.

O edifício chama a atenção pela imponente fachada renascentista italiana e pelas duas estátuas de leão em bronze na entrada do museu, criadas pelo consagrado escultor Edward Kemeys. Outro destaque da construção é seu lounge ornado por três grandes arcos palladianos, separados por belas colunas coríntias.

Grandes nomes já foram vencedores do Prêmio Pritzker de Arquitetura, como Zaha Hadid, Norman Foster, Rem Koolhaas e os brasileiros Paulo Mendes da Rocha e Oscar Niemeyer, responsável por um dos marcos arquitetônicos de Curitiba, o MON. Os vencedores são profissionais que combinam talento, visão e compromisso, com contribuições importantes para a comunidade através da arte da arquitetura.

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Riken Yamamoto na premiação de 2024

O arquiteto japonês Riken Yamamoto, reconhecido como um defensor atento das pautas sociais, foi o grande contemplado pelo Prêmio Pritzker de Arquitetura 2024. O anúncio do 53º homenageado relembra que, na arquitetura, os espaços devem também estar ligados às demandas da comunidade.

Nascido em 1945, Yamamoto é o nono arquiteto japonês a ser reconhecido pelo Prêmio Pritzker, e sua obra busca estreitar os laços entre os âmbitos público e privado, a partir de uma arquitetura que atua como plano de fundo para a vida cotidiana. Suas criações têm como proposta enriquecer e aprimorar a vida dos ocupantes, desde as crianças até os idosos, bem como estimular as interações sociais.

O arquiteto possui uma abordagem sugestiva dos cômodos, permitindo que as pessoas se sintam livres para usufruir dos espaços com satisfação e simplicidade, através de elementos arquitetônicos precisos e funcionais. O legado de Yamamoto está, sobretudo, na crença de que até mesmo os edifícios privados têm um compromisso público. Nos projetos de Yamamoto, essa visão transparece por meio de áreas de uso comum, espaços bem resolvidos e outros elementos e estruturas que valorizam a vida em comunidade e estimulam as interações reais, para além de situações circunstanciais.

Biblioteca Tianjin | Foto: Nacasa & Partners

Os pilares da arquitetura de Yamamoto

Conceito de limiar

O conceito de limiar de Yamamoto é o que levou o arquiteto a relativizar as fronteiras entre os domínios público e privado, como um meio de enriquecer os espaços em prol da comunidade.

Na cidade de Kawasaki, a Casa Ishii, projetada para dois artistas, ilustra bem essa transição inclusiva entre as esferas pública e privada, característica do vencedor do Prêmio Pritzker 2024. O projeto chama atenção pela sala, que se assemelha a um pavilhão, em uma inovadora abordagem que envolve a comunidade a partir da união de espaços internos e externos.

Isso porque a casa tem uma estrutura multifuncional e adaptável, capaz de se tornar um pequeno auditório para eventos e apresentações públicas. As janelas, por exemplo, se transformam em um arco de proscênio, enquanto os degraus da escada se tornam assentos para o público.

Casa Ishii | Foto: Tomio Ohashi

Senso de comunidade

Em suas criações, Yamamoto parte da busca pela “sensação de compartilhar um espaço” para criar projetos que descontroem noções convencionais de privacidade e liberdade.

São reflexos disso residências unifamiliares que integram, de forma convidativa, o espaço construído e o meio natural, como a Vila Yamawaka (Nagano) e o Hotakubo (Kumamoto), projeto de habitação social que propõe conexão entre diferentes culturas e gerações por meio da vida comunitária.

Por sua vez, o projeto Pangyo Housing, criado em 2010 na Coreia do Sul, é um complexo habitacional que faz uso de volumes transparentes no térreo, a fim de promover a conectividade entre vizinhos de forma natural e sugestiva.

Estímulos à interação social

A promoção da interação social pelo arquiteto se expandiu também a projetos de grande escala, como o Corpo de Bombeiros de Hiroshima Nishi. Esse é um edifício com total transparência, que permite aos profissionais e visitantes vislumbrarem o átrio central, onde ocorrem as atividades diárias e os treinamentos dos bombeiros.

Nesse projeto, a fachada de vidro atua como um pilar da arquitetura de Yamamoto e reflete a acessibilidade do espaço para ocupantes e espectadores. Entre outros trabalhos notórios do vencedor do Prêmio Pritzker estão a Universidade Nagoya Zokei (Japão), a Biblioteca de Tianjin (China) e o complexo de uso misto The Circle, no aeroporto de Zurique (Suíça).

Das residências privadas às instituições e espaços cívicos, Yamamoto reforça a oferta de espaços que multiplicam as oportunidades de reunião e interação entre as pessoas.

Em Curitiba, a Construtora Laguna estabelece um diálogo estreito entre a inovação, a arquitetura autoral e a construção sustentável, fiel ao compromisso de tornar a cidade mais bela e melhor para viver. Uma criação da Laguna que conversa diretamente com a comunidade é o BIOOS, complexo que une bem-estar, medicina, saúde e moradias sênior.

O projeto integra um conceito similar ao das fachadas livres de Yamamoto a partir de uma estrutura aberta, ampla e democrática, que dialoga com a via pública. No térreo da torre Health, o mall do BIOOS promove a ampla circulação e o convívio das pessoas, com um paisagismo que conecta o empreendimento ao bairro.

Na Galeria Laguna, é possível conhecer os demais imóveis-arte da construtora por meio de maquetes, decorados e um espaço imersivo que apresenta os diferenciais de alto padrão dos residenciais. A Galeria Laguna está localizada na Avenida do Batel, 1713, e funciona de segunda a sexta das 9h às 19h, aos sábados das 9h às 18h e aos domingos das 10h às 17h.

Desde 1996, a Construtora e Incorporadora Laguna vem desenvolvendo empreendimentos únicos, que possuem arquitetura diferenciada e design inovador. Além disso, somos a construtora com mais projetos sustentáveis do Sul do país. Saiba mais

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