O setor da engenharia civil tem investido muito no conceito de construção verde, a fim de apresentar soluções inovadoras que permitem não apenas projetar, construir e operar empreendimentos de maneira mais sustentável, mas também incentivar hábitos conscientes na vida dos moradores. Como resultado desses esforços, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking dos países com mais imóveis sustentáveis do mundo.
A lista anual abrange os projetos reconhecidos pela Green Business Certification Inc. (GBCI), criadora do selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), o programa de construções sustentáveis mais utilizado no mundo, com mais de 95 mil projetos certificados em mais de 167 países.
Em 2018, o Brasil teve 531 projetos certificados – somando 16,74 milhões de m² brutos –, atrás apenas da China, do Canadá e da Índia, além dos Estados Unidos. Como os EUA são o berço do LEED e os conceitos da certificação verde já foram incorporados por inúmeras de suas políticas públicas, o país lidera com 33.632 construções sustentáveis, sendo mantido como “hors concours” da lista.
Os demais países que compõem o top 10 são Coreia do Sul, Turquia, Alemanha, México, Taiwan e Espanha. Os empreendimentos que recebem este selo são reconhecidos por reduzirem o desperdício de água e energia, minimizarem as emissões de carbono e viabilizarem economia financeira para famílias e empresas. Assim, eles contribuem para a saúde e o bem-estar da população, que percebe que a sustentabilidade não é benéfica apenas para o meio ambiente, mas para toda a sociedade.
Para Felipe Faria, CEO da Green Building Council Brasil e presidente do Comitê Regional das Américas pelo World Green Building Council, a excelente posição do Brasil no ranking mundial demonstra a valorização dos prédios verdes no mercado imobiliário nacional. “Mesmo enfrentando um período longo de desafios políticos e econômicos, e que afetaram a construção civil, essa posição é mais que uma vitória para o movimento de construções sustentáveis”, afirma.
Um recente estudo desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) reconhece que as construções verdes são as melhores opções do mercado imobiliário. Segundo a pesquisa, edificações comerciais tidas como sustentáveis recebem uma valorização de 4% a 8% por m². Em comparação com o ano anterior, estima-se que a construção verde cresça cerca de 40% em 2019 no país.
Curitiba: referência no setor
Curitiba é conhecida por especialistas como um “fenômeno” na categoria de empreendimentos residenciais sustentáveis, concentrando o maior número de pedidos de registros do país: 12, no total. Contribuindo para a boa reputação da capital paranaense, a Construtora Laguna detém o maior número de selos sustentáveis da região Sul do Brasil.
Pioneira e líder em construção verde no mercado brasileiro, a Laguna conquistou em 2018 um processo de certificação sustentável inédito no Brasil, o GBC Platinum, para dois de seus lançamentos: o ALMÁA Cabral e o MAI Terraces.
Além deles, o Condomínio Industrial e Logístico São Carlos (SP) conta com selo LEED Gold e Silver; o Iguaçu 2820 tem selo Gold; o escritório Laguna no Iguaçu 2820 recebeu selo Platinum; o LLUM Batel tem pré-certificação Gold e Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), do programa Procel Edificações; e o ROC Batel está em processo de certificação GBC Condomínio.
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