Em parceria com a Casa do Produtor, separamos mais um conteúdo sobre pets. Assim como os humanos, os cães também podem sofrer com transtornos emocionais como estresse, ansiedade e depressão. Estar inserido em um ambiente inadequado, passar por uma mudança de rotina ou na composição familiar, podem desencadear alguns problemas emocionais nos animaizinhos.
“Os transtornos emocionais dos cães ocorrem por variados fatores — desde a falta de algum nutriente no organismo até por questões de estilo de vida, como quando nasce um bebê, falece alguém na família ou acontece alguma troca de horário no trabalho que impacta no tempo que o dono passa em casa”, explica a veterinária Consuelo Martin Ferreira, da Clínica Vet Produtor.
Entenda a seguir alguns sintomas de problemas comportamentais e quais são os tratamentos mais indicados para os pets.
Agressividade repentina
Algumas raças, por natureza, costumam ter personalidades mais fortes, como: Pitbull, Pastor Alemão, Rottweiler, Chow Chow e Husky Siberiano. No entanto, em outras espécies, comportamentos repentinos como morder, latir ou mostrar os dentes para a família ou para outros bichos podem ser sintomas do quanto ele está irritado ou estressado.
“Para desestressar os bichinhos é muito importante resgatar uma rotina diária de caminhada, de preferência permitindo que ele fique livre para explorar o ambiente em que está”, recomenda Consuelo.
Recusar alimentos
Um dia sem se alimentar já é suficiente para notar que algo está errado com o pet. Mas atenção, existe diferença entre ser seletivo e rejeitar tudo que é oferecido.
“Às vezes os donos costumam oferecer os restos de suas comidas. Isso faz com que eles parem de comer a ração, esperando outros alimentos. Portanto, a negação total pode ser um alerta de que algo não vai bem. Faça o teste: caso ele pare de comer a ração, ofereça petiscos e aos pouquinhos tente regularizar a alimentação”, orienta a veterinária.
Automutilação
Gatos lambem-se com frequência. No entanto, em cães esse comportamento pode representar algum problema emocional, principalmente quando o foco é em apenas um lugar do corpo. Excesso de banho, perfume ou até do uso de produtos de limpeza em casa, além de causar alergias também podem ser gatilhos para que os animais fiquem mordendo ou lambendo excessivamente suas patas e rabos.
“Nesse caso, é bom que dono preste atenção em alguns comportamentos perfeccionistas. A automutilação pode ser provocada por outros fatores, assim como pode ser reflexo de ações dos tutores, então vale redobrar a atenção dentro de casa”, aconselha.
Limites na brincadeira
Muitas vezes os tutores, sem perceber, fazem brincadeiras que geram desconforto e ansiedade ao seu pet. “É bem comum vermos na internet vídeos de tutores dando bronquinhas nos seus cães e eles claramente estressados. Brincadeiras que fazem o cão rosnar, querer se afastar, se encolher, não são saudáveis. Cada cãozinho tem sua particularidade. Não existe a brincadeira ideal, pois cada indivíduo terá seu gosto. Jogar bolinha, ossos para roer, correr junto, se esconder e fazer o cãozinho procurar, são algumas brincadeiras saudáveis”, recomenda Izabella Pereira, adestradora do Espaço Bella Guia.
Dormir pouco ou em excesso
Segundo a veterinária Consuelo, a idade, o porte, o estado de saúde e o nível de exercícios, influenciam no tempo em que o pet dorme. Os filhotes e idosos tendem a dormir mais do que os cachorros adultos, que em média somam de 15 a 16 horas por dia. Naturalmente, eles descansam 10 horas à noite e, ao longo dia, dividem o sono em pequenos cochilos.
Para os pets com dificuldade de dormir, a dica é oferecer silêncio e prestar atenção na luminosidade, assim, ele terá melhor aproveitamento do seu tempo de descanso.
Se os donos não têm muito tempo para caminhar com os pets durante a semana, talvez seja o caso de contratar alguém — quem sabe um dog walker, profissional que faz passeios com os cachorros — ou dividir essa função com um familiar.
