Atualmente empregado em vários locais do mundo, o conceito de smart city tem como intuito tornar as cidades mais sustentáveis e saudáveis para as pessoas e para o meio ambiente. Ele reflete a tendência de as cidades investirem em recursos tecnológicos para automodernização urbana.
Para as smart cities funcionarem como tal, é preciso implantar estratégias e ferramentas que otimizem a eficiência dos serviços. Este conceito pode ser responsável por contribuir com a melhoria dos sistemas de distribuição de energia, coleta e gerenciamento de resíduos, organização da mobilidade urbana e fluxo de pessoas, como também diminuir a poluição do meio ambiente e melhorar a saúde da população.
Para entender melhor essa tendência, separamos alguns cases de smart cities espalhados pelo mundo. Confira a seguir.
São Paulo
A capital paulista lidera o ranking de smart cities em território brasileiro. São Paulo se destaca principalmente em dois aspectos: mobilidade e acessibilidade. Isso ocorre pelo simples fato de proporcionar à sua população diversas possibilidades de locomoção. Mesmo diante desses indicadores, a cidade ainda enfatiza a expansão das linhas de metrô, além do planejamento para construir novos ramais nos próximos anos.
Assim, podemos destacar São Paulo como um local inovador e participativo em escala mundial, que trabalha constantemente para o desenvolvimento da mobilidade urbana e estimula a utilização de transportes de zero emissão, por exemplo com a disponibilização de ciclovias.
Oslo
A capital da Noruega é uma das smart cities mais relevantes do mundo e conta com iniciativas responsáveis por reduzir o uso de energia com iluminação urbana, implementar melhorias voltadas para o transporte público, além de praticar uma política agressiva para diminuir a utilização de veículos particulares que impactam de forma negativa o meio ambiente.
Nessa cidade, a preocupação com a redução do gasto de energia é evidente, de modo que grande parte da eletricidade utilizada é gerada por meio de fontes sustentáveis.
Londres
O sistema de tráfego é a principal característica que destaca a capital inglesa como uma smart city. Londres apostou em diversas soluções para tornar o fluxo de pessoas mais eficiente, diminuindo a quantidade de carros que circulam pelas ruas, a fim de reduzir o nível de poluição da cidade.
Assim, uma das soluções implantadas foram sinaleiras programadas para favorecer o tráfego do transporte público, além da inserção de avisos para que a população certifique em tempo real a situação do trânsito.
Os avisos de tráfego podem ser combinados com as vantagens do smart parking — sistema responsável por monitorar vagas de estacionamento disponíveis — para que os motoristas consigam planejar seus caminhos e fiquem nas ruas apenas o tempo necessário.
Barcelona
Uma das cidades mais conhecidas por carregar o conceito de smart city é Barcelona, principalmente quando falamos da utilização de energias limpas. Já há um bom tempo essa cidade tem como objetivo tornar-se a mais inteligente da Espanha.
Uma das soluções presentes são os sensores capazes de detectar níveis de ruído excessivo, temperatura, poluição e umidade do ar com o auxílio de informações coletadas para regular as atividades urbanas de modo que os espaços sejam mais confortáveis para a população.
Além disso, Barcelona também utiliza sistemas que captam dados do ambiente para evitar o desperdício de recursos e fazer a correta manutenção da vegetação urbana, assim como diversos sensores e novos sistemas de transporte público que têm o intuito de diminuir os níveis de emissão de gases poluentes da cidade e gerenciar o fluxo de pessoas, reduzindo problemas de tráfego.
Curitiba
Em 2019 Curitiba foi classificada como a cidade mais conectada e inteligente do país. Indicadores levantados pelo Connected Smart Cities mostram que além de a capital paranaense ser exemplo internacional em planejamento urbano, há três anos adotou um novo modelo de gestão – o de cidade inteligente – que responde às necessidades dos habitantes nos âmbitos de atração de empresas inovadoras, mobilidade, planejamento urbano, governança, meio ambiente, segurança, educação e saúde.
Um dos exemplos foi a criação do Vale do Pinhão, movimento da Prefeitura Municipal para trazer inovação e crescimento sustentável para toda a cidade. Dessa forma, poder público, startups, universidades, entidades de fomento à inovação e empreendedores estão trabalhando juntos para desenvolver soluções inovadoras em áreas como mobilidade urbana, saúde, educação, meio ambiente, empreendedorismo, entre outras.
Além disso, Curitiba atualmente conta com dois parques tecnológicos, oito incubadoras de empresas e investimento em urbanismo de R$ 602 por habitante. A cidade também se destaca pelo crescimento de 6,2% do número de empresas de tecnologia, 0,7% de empresas de economia criativa e 7,5% de MEIs.