Mesmo diante de um cenário de incertezas, a sociedade adaptou-se ao contexto atual de forma gradativa, integrando mudanças e novos hábitos à rotina. No próximo ano, o tema bem-estar, que está em ascensão, deve permanecer em alta. Assuntos relacionados a urbanização, conectividade, personalização de experiências, saúde e privacidade são alguns que também garantem seus lugares.
O novo coronavírus foi responsável por remodelar a indústria de bens de consumo no geral, acelerando tendências em poucas semanas. Além disso, os novos hábitos que surgiram transformaram o que valorizamos, como e onde compramos e de que forma vivemos e trabalhamos.
Confira a seguir alguns hábitos de consumo que estão mudando com a pandemia.
Consumo local
Uma pesquisa realizada pela Kantar, empresa líder mundial em dados, insights e consultoria, apontou que com a pandemia alterando os hábitos de consumo dos brasileiros, as marcas locais cresceram na preferência dos consumidores e passaram a ser compradas com mais frequência.
No setor de alimentos, o consumo local adquiriu ainda mais força. Aspectos como proximidade, origem de mercado e acesso a itens mais saudáveis estão sendo relevantes para o consumidor. Além disso, o senso de comunidade também se tornou importante na hora da compra, ajudando comércios e produtores locais e marcas que defendem causas importantes.
Pode-se dizer que estamos presenciando uma fase em que as empresas precisam transmitir confiança, empatia e pessoalidade, diferenciando-se no mercado.
Mais transparência
A pandemia também tornou os consumidores mais conscientes. Muitos que antes não pensavam no aspecto social e ambiental no momento da compra agora pensam. Saber onde e de que forma os produtos são feitos e fornecidos tornou-se uma pauta relevante.
Além disso, mais do que nunca as pessoas valorizam a saúde e desejam ter uma relação mais agradável com os preços sem perder a qualidade dos produtos ou serviços.
Os investidores ficaram mais atentos ao comportamento das empresas, para observar se elas realmente cumprem as promessas que comunicam aos consumidores.
Viver e trabalhar da melhor forma
O tema saúde mental está cada vez mais em pauta, devido aos impactos sofridos pelo isolamento social — tanto os de saúde como também a adaptação a nova rotina com o trabalho remoto e o ambiente de casa.
Porém, o home office veio para ficar em muitas áreas. E diversos gestores perceberam que por meio dessa modalidade de trabalho é possível gerenciar equipes de modo eficaz e diminuir despesas, além de causar menos impacto ao ambiente, visto que a locomoção ao trabalho deixa de ser necessária.
Compras sem contato físico
As compras sem contato físico, por exemplo com links de pagamento e carteiras digitais via celular ou computador, ganharam ainda mais relevância neste período.
Segundo levantamento feito pela Brain Inteligência Estratégica, empresa de pesquisa e consultoria em inteligência de mercado, após o fim do distanciamento social 48% dos brasileiros estão dispostos a manter recursos como delivery ou e-commerce na rotina, por serem opções mais práticas e seguras.
Tendências para moradia
Algumas tendências relacionadas aos lares foram intensificadas, enquanto outras estão se materializando entre arquitetos, designers de interiores e outros profissionais da área. Entre elas, a própria forma como moramos. Hoje em dia passamos mais tempo em casa. Com isso, cresceu a procura por apartamentos maiores, com espaços mais definidos e adequados para home office.
Espaços relaxantes, voltados para o bem-estar, que proporcionem contato com a natureza, são uma tendência que permanecerá. Dessa forma, a arquitetura e o design de interiores precisam progressivamente explorar formas, materiais e tecnologias que atendam às novas necessidades.