Visitar museus é uma das maneiras mais enriquecedoras de conhecer a cultura local e, até mesmo, a história da humanidade. Mas, para os amantes da arquitetura, o lugar se torna ainda mais atrativo quando explora uma estética surpreendente, seja pelos traços clássicos herdados de antigas escolas ou pela irreverência das construções modernas.
Antes de escolher o destino de sua próxima viagem, confira nossa seleção com cinco museus que, além de sua relevância cultural e incríveis obras de arte, impressionam pela arquitetura.
Guggenheim Museum – Bilbao, Espanha
Inaugurado em 1997, o Guggenheim Museum é formado por estruturas metálicas em seu exterior que se assemelham a pétalas de flores, ao mesmo tempo que sua forma remete a um navio, evocando o passado industrial portuário da cidade de Bilbao. Desenhado por Frank Gehry, o imponente museu foi construído em titânio, calcário e vidro e suas curvas orgânicas têm o objetivo de capturar a luz natural.
Após sua criação, a cidade espanhola vivenciou uma grande transformação, recebendo milhões de turistas por ano. Inclusive, “efeito Bilbao” se tornou uma expressão utilizada para descrever a mudança enfrentada por uma região devido à criação de uma peça arquitetônica.
Hermitage Museum – São Petersburgo, Rússia
O Hermitage Museum é um dos maiores e mais antigos museus do mundo, reunindo cerca de três milhões de obras de arte de diversas épocas e estilos em seu interior. Localizado às margens do Rio Neva, o complexo de dez prédios foi fundado em 1764, quando Pedro, o Grande, buscava uma aproximação com o Ocidente. Em 1852, parte de sua estrutura foi transformada em museu.
Seu principal prédio é o fascinante Palácio de Inverno, antiga residência dos czares. Mesmo com tamanha diversidade em peças artísticas, é a própria construção, repleta de detalhes luxuosos, que costuma ser a maior atração. Um jardim interno aos moldes clássicos permite que os visitantes descansem e apreciem a natureza.
Museo Soumaya – Cidade do México, México
A Cidade do México tem uma cena bastante particular nas áreas de arte, design e arquitetura, pois mescla referências do passado com tendências futurísticas. O Museo Soumaya, localizado na Plaza Carso, é um dos destaques da cidade. Projetado pelo mexicano Fernando Romero, o edifício é formado por mais de 16 mil hexágonos de alumínio encaixados em uma estrutura curvilínea que aponta para o céu.
Em sua coleção privada, o museu expõe quase 70.000 obras datadas dos séculos XV ao XX, incluindo a maior coleção privada de esculturas de Auguste Rodin do mundo. Cada um de seus seis pavimentos tem dimensões e formatos diferentes, e seu interior é composto por rampas circulares que fazem a conexão entre os ambientes.
Museu Nacional do Catar – Doha, Catar
Após um processo construtivo de cerca de 10 anos, o Museu Nacional do Catar foi inaugurado este ano, com a proposta de fazer com que a experiência do visitante seja imersa na paisagem, formada por deserto e mar, e que as pessoas sintam o impacto de sua duplicidade. Assim, acredita-se que os objetos expostos são potencializados.
Localizado na capital do país, o museu é assinado pelo arquiteto Jean Nouvel e tem o histórico palácio restaurado de Sheikh Abdullah bin Jassim Al Thani como sua peça central. O projeto foi inspirado em uma formação mineral cristalizada muito comum na região, a rosa do deserto, e utilizou materiais como aço, vidro e concreto em sua estrutura. Atualmente, ele é considerado a obra cultural mais importante da década no Catar.
Hokusai Museum – Tóquio, Japão
Inaugurado no final de 2016, o Hokusai Museum é um marco cultural no Japão. O projeto da arquiteta Kazuyo Sejima, ganhadora do prêmio Pritzker de 2010, é formado por placas de alumínio com um sutil aspecto espelhado, permitindo a entrada de luz natural por meio de grandes recortes.
O museu é um templo para as obras do famoso artista japonês Katsushika Hokusai, pintor do estilo ukiyo-e, que pode ser traduzido como “retratos do mundo flutuante”, e gravurista no período Edo.
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