Inaugurado recentemente na Coreia do Sul, o Robot & AI Museum (RAIM) é o primeiro museu do mundo dedicado a robôs e inteligência artificial. Muito mais que um espaço cultural, o RAIM estreia um patamar que une arquitetura, ciência e tecnologia voltada para o futuro. Confira mais detalhes a seguir!
Um museu dedicado à inteligência artificial
Localizado na capital Seul e projetado pela empresa turca Melike Altinisik Architects, o RAIM foi inteiramente construído por robôs, sem intervenção humana, como uma inovadora homenagem à tecnologia. O local surge como um marco em sua proposta e explora as infinitas possibilidades da robótica e da IA para redefinir o ambiente humano.
São 7.400 m² de área construída, incluindo quatro pavimentos e uma estrutura que se assemelha a uma nave espacial, com um design futurista que convida o público a explorar uma jornada científica e tecnológica. Durante 5 anos, a construção do RAIM utilizou métodos arquitetônicos inovadores e tecnologia de ponta para concretizar formas precisas, minimizar erros e consolidar uma estrutura bem integrada.
Posicionado em uma região estratégica que conecta as comunidades acadêmica, científica e corporativa, o museu abriga exposições, programas educacionais e experiências práticas voltadas à robótica e à inteligência artificial. Assim, o RAIM atua como um espaço que impulsiona a ciência, a tecnologia e a indústria de IA em Seul, enquanto engaja a comunidade nesse universo.

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Detalhes do projeto

O RAIM é descrito por seus projetistas como um marco para a 4ª Revolução Industrial da Coreia e estreia uma nova era no design e na arquitetura dos museus em todo o mundo.
Design espacial
A arquitetura do museu reforça a narrativa do projeto, traduzindo a inovação e o dinamismo dos campos da IA e da robótica. Seu design propõe uma interação contínua entre sua forma inovadora e as tecnologias pioneiras exibidas nos interiores, estabelecendo um diálogo entre arquitetura contemporânea e inovação.
São inúmeras as tecnologias inteligentes que o RAIM integra, desde o projeto até sua operação. A tecnologia Building Information Modeling (BIM), por exemplo, garantiu precisão tanto no design como na construção do museu. Por sua vez, as formas complexas e não lineares do edifício são resultado de construção off-site, um método que fabrica partes dos edifícios fora do canteiro de obras e pode conferir maior eficiência, rapidez e qualidade à edificação.
Tecnologias inteligentes
No exterior do RAIM, o design fluido e a forma esférica foram alcançados graças à união entre fabricação digital e engenharia reversa. Para minimizar erros e garantir precisão na construção da fachada, foram utilizadas soldagem robótica e usinagem a laser via controle numérico computadorizado. Já no interior do museu, o túnel de exposição vertical utilizou tecnologias avançadas que normalmente são aplicadas nas indústrias marítima e aeroespacial.
Interiores do museu
Na entrada do RAIM, os visitantes são recebidos por robôs e apresentados à inovadora jornada que os espera. No térreo, a recepção, o café, a bilheteria e a loja criam uma interação fluida entre o espaço público, no exterior do museu, e o interior.

Túnel de exposição
No coração do RAIM, o túnel de exposição integra uma escada rolante que conecta os pavimentos do edifício e conduz os visitantes por exposições temporárias e permanentes. No segundo andar do museu, estão as alas educativas e administrativas.

Para além de um espaço de exibição de robôs, o RAIM se destaca mundialmente pela fusão entre práticas arquitetônicas avançadas, inovação tecnológica e engajamento cultural, rompendo barreiras entre o mundo tangível e o universo da IA e da robótica.