Arquitetura adaptada ao aumento do nível do mar

Pensar uma arquitetura adaptada ao aumento do nível do mar tem se tornado, recentemente, uma necessidade diante dos impactos provocados pelas mudanças climáticas. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a elevação média global dos oceanos já chegou a cerca de 20 centímetros desde o fim do século XIX e poderá alcançar entre 60 cm e 1 metro até 2100, dependendo do ritmo de emissões de gases do efeito estufa.

A ONU alerta que esse avanço ameaça diretamente comunidades costeiras, ilhas e cidades portuárias, provocando erosão, inundações mais frequentes e impactos econômicos expressivos. Além da perda de áreas habitáveis, ecossistemas como manguezais e recifes de corais sofrem degradação acelerada, comprometendo a biodiversidade marinha.

O tema do Dia Mundial dos Oceanos de 2023, “Planeta Oceano: as marés estão mudando”, reforçou a urgência de agir para proteger ecossistemas marinhos e adaptar as áreas urbanas para o aumento do nível do mar. Nesse cenário, a arquitetura e o urbanismo assumem papel essencial ao propor soluções capazes de reduzir riscos, proteger comunidades e preservar recursos naturais.

Da resistência à convivência: um novo paradigma

Historicamente, a resposta mais comum ao avanço do mar foi erguer muros de contenção e barreiras rígidas. Embora eficazes no curto prazo, essas estruturas muitas vezes deslocam o problema para outras áreas, aumentam a erosão e interferem na dinâmica natural das marés.

Hoje, a visão predominante é de convivência adaptativa, um conceito que propõe transformar a relação entre cidade e oceano, deixando de lado soluções exclusivamente defensivas e passando a incorporar a água como elemento integrante do espaço urbano.

Essa mudança de perspectiva abre caminho para estratégias inovadoras, como o nature-based design, que se apoia na própria natureza para criar barreiras de proteção e regenerar ecossistemas costeiros. Em vez de “combater” o mar, esse modelo busca trabalhar com ele, aproveitando funções naturais para proteger comunidades, reduzir impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida nas regiões costeiras.

Proteção baseada na natureza

O nature-based design integra ecossistemas e infraestrutura urbana para criar defesas naturais contra tempestades e inundações, por exemplo. Assim, manguezais restaurados, recifes artificiais e dunas vegetadas, entre outras estratégias, contribuem para dissipar a energia das ondas, aumentar a biodiversidade e melhorar a qualidade da água.

Um exemplo disso é o projeto Living Breakwaters, em Staten Island (EUA), desenvolvido pelo escritório SCAPE Landscape Architecture e atualmente em fase de implementação. Ele utiliza recifes modulares para proteger a costa e restaurar habitats marinhos, combinando proteção costeira e recuperação ecológica.

Manguezal na reserva municipal Sungei Buloh Wetland, em Singapura

Em Singapura, por sua vez, o OCBC Mangrove Park está se destacando com o método Ecological Mangrove Restoration. Essa abordagem promove a restauração natural dos ecossistemas costeiros, aumentando a capacidade de armazenamento de carbono e prevenindo erosão. Com isso, o país vem promovendo a recuperação de manguezais e a integração de áreas verdes à malha urbana, criando barreiras naturais eficientes e espaços públicos para lazer e contemplação.

Parques resilientes: espaços públicos como defesa

O projeto Hunter’s Point South Park, em Nova Iorque, desenvolvido pelo SWA/Balsley em colaboração com o escritório Weiss/Manfredi e o Departamento de Parques e Recreação da cidade, mostra como espaços públicos podem proteger comunidades. Com vegetação tolerante à salinidade, zonas de absorção e elevação estratégica do solo, o parque atua como barreira contra tempestades e, ao mesmo tempo, oferece áreas de lazer com vista para Manhattan.

Já em Boston, o Moakley Park Revitalization Project, liderado pelo Stoss Landscape Urbanism e ainda em fase de implementação, combina barreiras verdes, infraestrutura permeável e áreas elevadas para reduzir riscos de inundação, mantendo a conexão da cidade com o mar.

Cidades flutuantes e arquitetura anfíbia

Convivência adaptativa: Cidade Flutuante das Maldivas | Imagem: divulgação

Locais onde o avanço do mar é inevitável também têm apresentado soluções inovadores, como a Cidade Flutuante das Maldivas, atualmente em construção e desenvolvida pelo escritório Dutch Docklands, em parceria com o governo. Composta por módulos residenciais e comerciais interligados por canais navegáveis, a cidade é projetada para acompanhar o movimento das marés, reduzindo impactos ambientais e garantindo a segurança dos habitantes.

Convivência adaptativa: construção sobre plataformas flutuantes em Ijburg, Holanda

Na Holanda, o bairro Waterbuurt, em Ijburg, é um exemplo concluído de comunidade construída sobre plataformas flutuantes, integrando infraestrutura urbana e adaptação às variações do nível da água. Já no Japão, protótipos de habitações anfíbias vêm sendo desenvolvidos por universidades e empresas de engenharia, oferecendo alternativas seguras para áreas suscetíveis a inundações.

Engenharia inteligente como aliada

A adaptação ao aumento do nível do mar depende não apenas de conceitos arquitetônicos, mas também de engenharia de alta performance. Entre as soluções aplicadas estão:

  • Sistemas avançados de drenagem, capazes de direcionar grandes volumes de água de forma controlada.
  • Materiais resistentes à corrosão, prolongando a vida útil das estruturas expostas à maresia.
  • Topografia estratégica, que direciona fluxos de água e protege áreas críticas.
  • Monitoramento em tempo real, com sensores que analisam condições climáticas e acionam medidas preventivas.
Convivência adaptativa: Projeto BIG U em Nova Iorque | Imagem: divulgação

O BIG U, em Manhattan, é um exemplo emblemático dessa integração entre soluções de engenharia, paisagismo e planejamento urbano. Desenvolvido pelo Bjarke Ingels Group (BIG), o projeto cria um anel de proteção formado por parques elevados, ciclovias e barreiras paisagísticas. Além de defender a cidade contra tempestades, ele transforma a linha costeira em um espaço urbano ativo e atraente.

Compromisso Laguna: tecnologia, certificações e economia de recursos

Convivência adaptativa e responsabilidade ecológica | ZAHI, imóvel-arte da Laguna em Curitiba

Na Construtora Laguna, inovação e sustentabilidade são princípios presentes em cada imóvel-arte. A empresa é pioneira no Brasil na adoção de padrões internacionais como WELL e LEED, que atestam alto desempenho em saúde, bem-estar, eficiência e responsabilidade ambiental.

A certificação WELL avalia critérios relacionados à qualidade do ar, da água, da iluminação e do conforto térmico e acústico, além de aspectos que promovem saúde física e mental nos ambientes. Já a certificação LEED reconhece edificações que adotam soluções construtivas sustentáveis por meio da eficiência energética, do uso racional de recursos e da inovação em design.

Entre as soluções aplicadas para economizar recursos estão sistemas de captação e reúso de água da chuva, irrigação automatizada com sensores de umidade, eficiência energética e a escolha de materiais de baixo impacto ambiental. Essas práticas reduzem desperdícios e garantem ambientes mais confortáveis e saudáveis.

Empreendimentos como a Galeria Laguna, o ZAHI, o KAÁ, o PINAH e o LLUM Batel já conquistaram essas certificações, refletindo nosso compromisso de criar espaços que aliam qualidade de vida e responsabilidade ecológica.

O ZAHI, lançamento da Laguna no Batel, foi assinado pelo renomado escritório Bernardes Arquitetura e concebido para acompanhar o ritmo do sol, em diálogo com a araucária centenária que orientou seu posicionamento no terreno. Com 28 residências distribuídas entre 10 pavimentos, o imóvel-arte se destaca por diferenciais de performance: fachada ventilada, esquadrias e vidros de alta performance que garantem entre 85% e 93% de conforto térmico nas áreas de maior permanência, dispensando a necessidade de ar-condicionado ou piso aquecido na maior parte do ano.

O conforto acústico ultrapassa as normas exigidas, com redução de 23% dos ruídos hidráulicos, graças ao uso de tubulações mineralizadas e anéis amortecedores. A luz natural também é bem aproveitada: entre 62% e 94% da área dos apartamentos não necessita de iluminação artificial entre 8h e 18h, durante metade do ano.

Além disso, o ZAHI busca as certificações LEED e WELL, reforçando o compromisso da Laguna com edificações de alto desempenho. O projeto inclui ainda pé-direito livre de 2,70  m nas áreas sociais e íntimas, piso aquecido nas áreas íntimas com possibilidade de expansão na personalização, bicicletário com oficina e estação de recarga, horta e sistema de geração de energia fotovoltaica, tudo pensado para elevar o bem-estar dos moradores.

Por sua vez, o KAÁ, imóvel-arte inspirado na brasilidade e na integração com a natureza, conta com áreas comuns que privilegiam iluminação natural, ventilação cruzada e conexão visual com jardins e áreas verdes. O projeto adota sistemas construtivos eficientes e tecnologias que reduzem o consumo de recursos, mantendo o alto padrão de conforto.

O empreendimento adota soluções construtivas de alto desempenho que garantem conforto térmico em praticamente todo o ano, reduzindo a necessidade de climatização artificial graças a soluções como valorização de iluminação e ventilação naturais, esquadrias termoacústicas, vidros insulados e paredes duplas em drywall, por exemplo.

O isolamento acústico do KAÁ é reforçado por mantas nas lajes e portas com kit silenzia, assegurando tranquilidade aos moradores e promovendo saúde e qualidade de vida. Em um terreno de 1 hectare no Bigorrilho, o KAÁ abraça uma praça central de aproximadamente 3.500 m², onde a vegetação se integra a todos os pavimentos, criando uma atmosfera única de bem-estar.

Lounges da praça superior no KAÁ, imóvel-arte da Laguna em Curitiba

O PINAH, pioneiro na certificação WELL na América Latina, foi concebido para oferecer ambientes que estimulam a saúde física e mental. Os espaços priorizam conforto térmico e acústico, qualidade do ar e da água e contato constante com a natureza, criando uma experiência residencial restauradora.

O LLUM Batel combina sofisticação e desempenho ambiental, com fachadas projetadas para eficiência energética e controle solar. O empreendimento adota soluções construtivas que minimizam desperdícios e otimizam recursos, sem abrir mão do design elegante e da exclusividade.

Já a Galeria Laguna é um espaço que traduz o DNA inovador da empresa, reunindo tecnologia, design autoral e sustentabilidade como vitrine das soluções aplicadas nos empreendimentos. Reconhecida em 2022 como o edifício mais sustentável do mundo pelo USGBC (U.S. Green Building Council) e certificada com o selo LEED Platinum, a Galeria Laguna incorpora tecnologias de eficiência energética, materiais de baixo impacto ambiental e soluções que priorizam o conforto e o bem-estar dos visitantes.

Visite a Galeria Laguna e descubra de perto como a tecnologia e o design sustentável se encontram para criar projetos que antecipam o futuro. O espaço funciona de segunda a sexta-feira das 9h às 19h, aos sábados das 9h às 18h e aos domingos das 10h às 17h na Av. do Batel, 1713.

Desde 1996, a Construtora e Incorporadora Laguna vem desenvolvendo empreendimentos únicos, que possuem arquitetura diferenciada e design inovador. Além disso, somos a construtora com mais projetos sustentáveis do Sul do país. Saiba mais

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