Buscando desencorajar o consumo de canudos e outros utensílios plásticos de uso único, assim como incentivar a conscientização da população acerca de sustentabilidade e preservação ambiental, a Starbucks declarou que pretende eliminar a utilização de canudos de plástico em todas as suas 28 mil unidades pelo mundo até 2020.
O anúncio foi feito pelo Twitter, depois de meses de testes na Grã-Betanha, e dias após sua cidade sede, em Seattle, confirmar a proibição de utensílios de plástico em restaurantes, tendência inclusive que está sendo adotada por diversas outras cidades, como Quito, Rio de Janeiro, Miami Beach, Vancouver e toda a Inglaterra.
We’re removing plastic straws in our stores globally by 2020—reducing more than 1 billion plastic straws per year from our stores.
— Starbucks Coffee (@Starbucks) 9 de julho de 2018
A marca passará a servir bebidas frias, como chás e cafés, em tampas de polipropileno que possuem uma pequena abertura e um bico para o consumo direto do copo, formato já presente em unidades dos Estados Unidos e Canadá. Já opções com gelo e leite acompanharão canudos de materiais alternativos, como papel ou plástico produzido com materiais biodegradáveis. Pessoas com necessidades especiais também poderão solicitar estes canudos, assegurando a acessibilidade.
A grande vantagem da utilização das novas tampas em relação ao canudo de plástico tradicional, segundo a Starbucks, é a facilidade de reciclagem. Por serem pequenos e leves, as máquinas encontram dificuldades para classificar e reciclar os canudos, o que não acontece com os copos e tampas, que têm tamanho suficiente para serem processados.
Apesar de os canudos representarem uma pequena parcela (embora significativa) de todo o lixo encontrado nos oceanos, a intenção dos movimentos é alertar sobre o destino do plástico em geral e promover também a diminuição do uso de sacolas e garrafas, que são responsáveis por índices maiores de poluição.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, todos os anos são jogados no mar o equivalente a um caminhão de lixo repleto de plástico por minuto, ou seja, cerca de 8 milhões de toneladas. Todo esse material compromete o ecossistema e coloca em risco a vida de diversos animais, inclusive os homens. Cientistas estimam que, seguindo este ritmo de poluição atual, haverá mais plástico do que peixes no oceano até 2050.
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