Buscando reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera, o governo dos Emirados Árabes Unidos anunciou em junho deste ano o início das operações da maior fazenda solar do mundo, a Noor Abu Dhabi.
O projeto fica na cidade de Sweihan, no emirado de Abu Dhabi, e conta com um total de 3,2 milhões de painéis solares instalados em uma área de 8 km². Sua capacidade de geração de energia sustentável é de 1,17 MW, o suficiente para suprir as necessidades de cerca de 90 mil pessoas.
O projeto é uma joint venture — aliança estratégica estabelecida entre duas ou mais empresas por um objetivo comercial comum — formada pelo governo dos Emirados Árabes e um consórcio da empresa japonesa Marubeni Corp e a chinesa Jinko Solar Holding. O estimado é que a fazenda evite a emissão de cerca de 1 milhão de toneladas métricas de gás carbônico no meio ambiente, o equivalente a retirar 200 mil carros das ruas.
Segundo o presidente da Companhia de Águas e Energia dos Emirados Árabes, Mohammad Hassan Al Suwaidi, a conclusão do projeto é um marco significativo na estratégia que visa fazer com que a energia solar deixe de representar apenas 25% da produção energética total no país e passe a suprir 50% de toda a demanda até 2050.
Com essa medida, entre outras, o objetivo é reduzir a emissão de carbono em até 70%, promovendo uma transformação no setor de eletricidade e fornecendo fontes alternativas de energia. Desta maneira, a usina solar ajudará não apenas o país, mas o mundo, a minimizar o aquecimento global e garantir tanto a preservação do meio ambiente quanto a saúde da população.
Em uma espécie de “competição da sustentabilidade”, o título de “maior fazendo solar do mundo” pode não pertencer a Noor Abu Dhabi por muito tempo. Isso porque a Companhia de Águas e Energia dos Emirados Árabes Unidos planeja realizar o maior investimento em um projeto de energia solar concentrada (CSP) no mundo no parque Mohammed Bin Rashid, de Dubai, até 2030.