A escultura é uma arte que promove diálogo entre diferentes perspectivas e convida à reflexão sobre nossa existência e nossa relação com o mundo. No Brasil, essa forma de expressão passou por diversas transformações ao longo do tempo, refletindo valores, heranças e a riqueza cultural do país. A seguir, saiba mais sobre a história, os movimentos e os artistas da escultura brasileira.
A história da escultura brasileira
A escultura é tida como a segunda arte clássica e, no Brasil, abrange uma gama de movimentos e artistas renomados. A história da escultura brasileira remonta às influências dos indígenas: antes da chegada dos europeus, os povos originários já criavam esculturas retratando aspectos culturais e simbólicos, a partir de materiais como pedra, madeira e argila.
A escultura colonial
No Brasil, a criação escultórica passou por uma significativa transformação com a chegada dos colonizadores. Na época, a produção originária foi altamente influenciada por padrões do academicismo europeu, especialmente por via de artistas portugueses e italianos.
Em sua grande maioria, as esculturas coloniais retratavam, com grande realismo, temas religiosos e figuras como anjos, santos e cenas bíblicas. Essas obras eram feitas em pedra-sabão ou madeira policromada e expressavam a devoção religiosa da sociedade colonial nas capelas e igrejas de todo o país.
O modernismo
Quando o academicismo entrou em crise, novos movimentos artísticos surgiram, entre eles, o modernismo, no início do século XX. A escultura, então, passou a ser vista como uma forma de expressão livre e assumiu uma abordagem experimental. Nela, os artistas criavam obras ousadas que transmitiam emoções e reflexões sobre a sociedade brasileira, rompendo o convencionalismo da época anterior.
No movimento modernista, escultores brasileiros exploraram novos materiais e técnicas, formas abstratas que rompiam com padrões estéticos tradicionais e uma busca por uma identidade artística que valorizasse as raízes culturais do país.
A arte contemporânea
A partir da década de 1950, a arte contemporânea começa a se estabelecer no Brasil. Assim, amplia-se ainda mais a liberdade de pesquisa e criação e, com isso, o número de vertentes estéticas. Nesse período, a escultura brasileira continuou sendo reinventada, ganhando novas técnicas e materiais e retratando temas como tecnologia, identidade e sustentabilidade. As obras dos artistas contemporâneos passam a desafiar os limites da matéria e convidam o público a refletir sobre questões sociais e ambientais.
Escultura popular
Na história da escultura brasileira, o movimento popular exerceu o importante papel de fomentar uma identidade nacional, representar diferentes tradições regionais, valorizar artesãos locais e propagar as raízes culturais do Brasil.
As obras da escultura popular contemplam materiais diversos, do barro à cerâmica, da madeira ao metal. As peças retratam cenas cotidianas, a vida rural, o folclore e a mitologia, as festividades e outras temáticas da cultura popular que transmitem senso de comunidade e pertencimento.
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Escultores que fizeram história

Ao longo dos séculos XVI em diante, uma série de nomes contribuíram para consolidar uma trajetória rica e diversificada na história da escultura brasileira, das expressões indígenas pré-coloniais às experimentações contemporâneas.
O maior artista colonial do Brasil
Um dos nomes de grande destaque do período colonial é Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho. Ele é considerado o maior artista colonial do Brasil e o maior escultor barroco das Américas, por seu legado de obras religiosas em estilo barroco e rococó.
Entre suas esculturas mais conhecidas, há um conjunto de 66 imagens esculpidas em madeira que retratam, com alta dramaticidade, todos os passos de Jesus Cristo até a ressureição. Outra obra de destaque de Aleijadinho são os doze profetas trabalhados em pedra-sabão – uma das matérias-primas mais utilizadas pelo artista – e expostos no santuário de Bom Jesus de Matosinhos (MG).
Um precursor da escultura modernista brasileira
Victor Brecheret é considerado um precursor da escultura modernista brasileira, pois foi um dos primeiros a romper com o academicismo e incorporar influências modernistas na criação escultórica do país.
A trajetória desse vanguardista foi marcada pelo uso de diferentes técnicas de escultura, que incluíam mármore e terracota, assim como a busca por temas mais relevantes para a cultura brasileira. Obras como “Monumento às Bandeiras”, no Parque Ibirapuera, e “Fauno”, no Trianon Parque – ambas em São Paulo –, são alguns destaques da produção do artista ítalo-brasileiro.

Um marco na arte contemporânea
Francisco Brennand é um dos principais nomes da escultura contemporânea brasileira, com obras expostas no mundo todo. Brennand se consagrou ao criar um universo artístico próprio que une tradição, experimentação e misticismo e que teve como base o uso da cerâmica.
Um grande marco de sua carreira é a Oficina Brennand, em Recife, uma verdadeira imersão no universo artístico do escultor, construído sobre as ruínas da antiga fábrica de cerâmica da família. Nesse museu a céu aberto, há mais de 2 mil obras expostas, entre pinturas, murais, desenhos, painéis, esculturas monumentais e objetos cerâmicos.

União entre arte e arquitetura, pela Construtora Laguna

Como um incentivo à cultura e um diferencial de exclusividade, a arte se faz presente em cada imóvel-arte da Construtora Laguna, que tem como um dos propósitos tornar as cidades mais belas e melhores para viver.
No PINAH, por exemplo, as obras de arte tiveram curadoria da Galeria Zilda Fraletti, em conjunto com o escritório Jayme Bernardo e a Laguna. As peças escolhidas se relacionam com os elementos da natureza presentes no residencial.
Logo na entrada, uma bela obra exibe a técnica de um dos principais nomes da escultura mundial: Alfi Vivern. Feita exclusivamente para o empreendimento, a peça revela as possibilidades da pedra por meio de cortes e linhas na matéria-prima. A escultura de Alfi Vivern encanta moradores e transeuntes pelo impacto visual e pela harmonia, beleza e textura que tornam a entrada do PINAH ainda mais especial.
Ainda no imóvel-arte, uma imponente escultura de alumínio ornamenta o hall de entrada com formas orgânicas que se replicam verticalmente, em harmonia com as demais formas do ambiente. Assinada pela artista plástica Marilene Ropelato, a peça desafia a rigidez dos materiais ao assumir traços sinuosos entrelaçados que despertam encanto e curiosidade e direcionam o olhar para além da própria obra.
Já as duas pinturas de Cristina Barrancos, nos acessos aos elevadores, inspiram-se no bosque de araucárias do empreendimento e simbolizam a essência da experiência humana. As obras se destacam pela perfeita harmonia entre elementos orgânicos abstratos, cores e formas.
Outro conjunto de pinturas presente no PINAH é o trio de obras de Ana Serafin, que, por meio da linguagem abstrata, convidam o observador a contemplar uma riqueza de detalhes, cores e silhuetas que emocionam e aproximam. Também faz parte do acervo do empreendimento uma tela de Eduardo Bragança, pintada em tempo real durante o evento de lançamento do PINAH.
Em frente à Galeria Laguna, por sua vez, uma escultura com mais de 3 metros de altura chama a atenção de todos que transitam pela Av. do Batel. Assinada por Emanoel Araújo, a obra consiste em uma estrutura de ferro fundido que simboliza a vida e a trajetória do artista, com cores fortes e linhas geométricas que caracterizam o seu legado.

O próximo lançamento da Laguna, o ZAHI, será marcado pela curadoria exclusiva da Simões de Assis. A galeria irá participar do processo do imóvel-arte desde a escolha das obras de arte até a colocação das peças. Em breve, o Batel visto por um novo prisma!
Fonte: Laart e Cultura NF