O maior museu de arte digital do mundo será inaugurado em 2020, na cidade de Bordeaux, sudoeste da França. O fato curioso é que a sua localização será um dos edifícios estratégicos usados na Segunda Guerra Mundial.
A construção do complexo começou em 1940, pela Marinha Real Italiana, e foi por meio dele que os submarinos italianos participaram da Batalha do Atlântico, movida pela disputa entre as potências europeias do Eixo e os Aliados.
Com inauguração prevista para abril do ano que vem, a antiga base militar se transformará no Les Bassins de Lumières, um centro cultural dedicado a exposições imersivas, que seguirá o mesmo conceito das galerias Carréres des Lumières, na Provence, e do Atelier des Lumières, em Paris, que ficou famoso após projetar as obras de Van Gogh em paredes de 10 metros de altura.
Vale ressaltar que o museu de arte digital terá uma área total de 12 mil m², exigindo o uso de aproximadamente 90 projetores de vídeo e 80 alto-falantes. Cada espaço apresentará um artista ou movimento específico da história da arte – como Paul Klee e Gustav Klimt –, e haverá uma seção dedicada a contar a história da Base Submarina de Bordeaux.
Além disso, para as exposições será aproveitada a arquitetura original do edifício, com os canais submersos e as quatro bacias de 16 metros de profundidade, onde ficarão as principais obras. Adicionando uma nova dimensão às experiências, as obras serão refletidas nas águas.
Para ampliar a imersão e integrar o antigo cenário monumental arquitetônico com a moderna arte multimídia, as exposições serão acompanhadas por música.
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