Van Gogh costumava dizer: “Eu não me canso da cor azul“. E não é só o artista que admira a cor: de acordo com o site Follow The Colours, 45% da população mundial tem o azul como sua cor favorita, pois o tom transmite tranquilidade, amizade, confiança e realização espiritual.
Recentemente, nos Estados Unidos, cientistas da Universidade do Oregon descobriram acidentalmente a cor YInMn, um novo azul intenso e muito brilhante cuja composição, mesmo em contato com água ou óleo, mantém sua coloração intacta.
O departamento de química da universidade estava realizando experiências com materiais eletrônicos, quando o professor Mas Subramanian obteve o pigmento através do aquecimento de óxido de manganês, índio e ítrio em um forno a mais de 1.200 °C. Apesar de péssimo condutor, o tom de azul do material chamou a atenção da equipe.
Para entendermos melhor como é possível descobrir uma nova cor, é preciso considerar que embora saibamos que existe um espectro completo de tons, muitos deles ainda não foram criados ou observados na vida real.
Cada um dos pigmentos mostra-se da cor do comprimento de onda da luz que é mais refletida. As plantas são verdes, por exemplo, porque contêm muita clorofila, a luz verde da substância é refletida mais do que as demais cores presentes.
Já o YInMn possui uma estrutura exclusiva que permite que os íons de manganês absorvam o comprimento de onda de luz vermelha e verde, enquanto reflete apenas o azul. Outro diferencial deste tom é que é totalmente atóxico e seguro, diferente de muitas cores que levam cobalto em sua composição, uma substância cancerígena.
O azul YInMn já está disponível para comercialização e é capaz de refletir o calor, ajudando a manter frescos edifícios e automóveis. De acordo com a Universidade de Oregon, pretende-se dar continuidade aos testes a fim de descobrir outras novas cores a partir deste “acidente feliz”.
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