Localizada na divisa natural entre Angola, Namíbia e Botsuana, a Reserva de Moremi é uma daquelas paisagens de tirar o fôlego. Em meio a este paraíso, o Sandibe Okavango Safari Lodge, construído nos anos 90, necessitou passar por uma revitalização. Na concessão de 270 km² dentro de espaço considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, há uma série de restrições para qualquer tipo de intervenção, o que tornou um verdadeiro desafio a sua modernização.
Os escritórios Nicholas Plewman Architects e Michaelis Boyd Associates foram os responsáveis pela nova leitura da fachada e do projeto de interiores. O resultado não apenas supriu a necessidade de conservação, como também trouxe vigor através de suas formas inspiradas nos ninhos de aves tecelãs e no casco com escamas do pangolim, animal semelhante ao tatu.
A renovação foi elaborada com materiais biodegradáveis, sem uso de cimento e com 100% da eletricidade fornecida por painéis solares. Já a estrutura e as paredes de madeira reflorestada foram impermeabilizadas com uma membrana acrílica termicamente eficiente e de alta resistência ao clima. Todo o esforço é recompensado pela fauna ao seu redor: leões, leopardos, hipopótamos e elefantes costumam frequentar a área após a restauração.
Internamente, a decoração ganhou tons amadeirados, com cestas de urdume por todas as áreas comuns, uma exaltação ao artesanato local. O resort possui apenas 12 suítes, com capacidade para abrigar 24 hóspedes por vez. Cada uma conta com piscina privativa, ideal para os dias de calor, além de uma aconchegante lareira para aquecer as noites frias da savana.
O Sandibe Okavango Safari Lodge também organiza passeios para observação dos animais, os Game Drives, em que carros são conduzidos por guias profissionais que conhecem profundamente sobre as plantas e animais da região. A diária em baixa temporada custa 2.350 dólares, enquanto em alta pode chegar a até 8.225.
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